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O Quintal pelos seus filhos - A história do Quintal de Aruanda

  • Foto do escritor: Quintal de Aruanda
    Quintal de Aruanda
  • 1 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de jul. de 2018


Essa jornada começou assim...


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Não. Não começou comigo. Faço um breve relato como vim parar aqui. Posso falar apenas como foi a minha experiência, quando fui posto dentro de um carro na casa dos meus 18 anos, com destino a Londrina, sem saber por que e para que, descobri no meio do caminho que iria a uma reunião de Umbanda. Até então Umbanda era algo muito desconhecido, mas quando coloquei o pé na gira, eu tive de volta uma parte minha, parte essa que talvez estivesse adormecida, perdida ou trancafiada em algum lugar. Tenho certeza que mais gente encontrou isso aqui e desejo antes de tudo, que essa seja a força principal de estar aqui e fazer dar certo. Somos filhos de pemba, e que como diziam: Filho de pemba é que nem rabo de burro, balança, mas não cai.

Mas enfim, essa não é a minha história. Acontecia que um pequeno grupo, que não chegava a 10 pessoas, se reunia na casa dos próprios filhos da corrente, casa de um ou outro que cedia espaço para realizar as reuniões. Às vezes de 15 em 15 dias, ou uma vez no mês, não havia data definida. Descobríamos quando iria ter trabalho durante a semana que antecedia o mesmo. Eis que surgiu a ideia de um ponto fixo, de uma casa, de criar raízes, de dividir as despesas, ou seja, o nosso canto. E assim foi, encontramos uma casa e nos mudamos. Casa essa que era aos fundos de outra, onde havia um centro espírita que realizava e ainda realiza trabalhos de apometria. O novo lugar foi batizado de Nossa Casa pela entidade que coordenava os trabalhos. Aos poucos as ligações começaram a se desenrolar e a aparecer, surge um dali outro de lá, chegando aos poucos quando precisavam chegar.

De acordo com que alguns corações iam se unindo por um mesmo objetivo, percebeu-se que era hora de encontrar um novo local. Não cabíamos mais lá. Mais uma vez, foi decidido que era necessária outra mudança... e assim foi.

Buscamos outro local e junto com as novas instalações, ganhamos uma nova atitude e novos desafios para enfrentar. Foram tempos difíceis para a Nossa Casa, mas tínhamos uma luz no fim do túnel. Essa luz nos fez perceber que a peneira balançou, mas nem todos os grãos caíram. Fomos pegos de surpresa, como um murro no estômago que vem de quem você menos espera numa tarde de domingo. Mas levantamos, aos poucos cuidamos das feridas, coletivas e individuais. Não entrei em maiores detalhes, pois isso não importa mais. Não citei o plano espiritual, pois tudo o que aconteceu foram coisas mundanas, nas quais todos estão vulneráveis, mas de uma coisa sabemos, tivemos uma lição, um aprendizado na marra e dolorido. Fomos avisados com antecedência que tempos difíceis se aproximavam, que seria uma provação coletiva e ao mesmo tempo individual, cada um ao seu modo, tanto provas de honestidade, quanto da vontade, do compromisso, de saber de que casa éramos filhos e para onde queríamos ir, vivenciando o “ou vai pelo amor, ou vai pela dor”.

Após um tempo e quando finalmente pudemos dizer pra nós mesmos que, não éramos um grupo que estava “começando”, como havia de ser, decidimos que estava na hora de evoluir. Evoluir para preservar nossos valores mais profundos. E de uma conversa na varanda e sem pretensão alguma, começamos a buscar novos nomes para nos reconhecermos a nossa maneira. Quando, quase que sem querer, um dos filhos da casa, citou um álbum de uma artista que chama “Meus Quintais”. Todos se olharam como se soubessem que este era o nome. Ele ainda complementou, “Quintal de Aruanda”. Pronto, já estava em nossos corações e assim foi o nosso nascimento.


Tempo depois, quando a família do Quintal saiu para uma das férias de final de ano, todos sabíamos que nossos dias naquela pequena - e tão amada - casinha branca estariam contados. Foram sete anos trabalhando naqueles 80m² que, nos últimos meses, abrigavam quase 100 pessoas entre médiuns e consulentes. Foi legal, mas precisávamos de mais (espaço).


As férias acabaram e voltamos aos trabalhos de atendimento. Uma nova oportunidade surgiu, precisávamos parar com as atividades mais uma vez. Passados quase um mês de recesso, voltamos! E com nova sede. O clima ainda era de mudança e de se acostumar aos poucos. Mas o mais importante é que estávamos bem acomodados e com bastante vontade de receber os amigos.

Todos os dias, em todos os trabalhos, tentamos nos redirecionar sempre, fortalecendo o que temos de bom e melhorando o que temos a melhorar. Não nos definimos mais por que não queremos fechar nossas possibilidades de ser o que somos. Somos feitos de pessoas imperfeitas, mas, inquestionavelmente, somos feitos de pessoas cheias de amor, e que acreditam na evolução de todos.


Por: Um filho do Quintal.

 
 
 

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