Xangô, meu pai na Umbanda
- Quintal de Aruanda
- 24 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Salve a Umbanda.... Salve as forças...

Me foi pedido para escrever um texto falando sobre Xangô, que dificuldade, me senti novamente nos bancos escolares, tentando colocar no papel aquela sofrida redação pedida pela professora, tipo: Como foram suas férias?
Sim, como as vezes é difícil colocar em palavras um sentimento e como as vezes é difícil senti- lo.
Xangô é um dos orixás mais conhecidos. É cultuado na Umbanda e no Candomblé, além de outros cultos e religiões. Mas, o que são Orixás?
Na minha concepção, e é muito importante frisar isso, Orixás são as representações das energias vindas da natureza, são energias oriundas de Deus, o criador de tudo e de todos, nos auxiliando e guiando para nossa aprendizagem e crescimento, nossa ligação com o divino.
Sempre que se busca alguma informação sobre Xangô, se encontra as expressões “Orixá da Justiça”, “Dono do trovão”, “O Justiceiro”, mas para mim tudo isso é muito limitador, Xangô é o equilíbrio, a harmonia e a razão.
Ter Xangô em sua vida é buscar entender a Justiça Divina, olhar o mundo, as pessoas e a você mesmo com isenção, evitando fazer julgamentos. Fácil né?
Com Xangô, tenho aprendido que a justiça se faz primeiramente em mim mesmo, preciso me olhar, me enxergar e compreender o que possuo de bom e o que ainda posso melhorar.
Em um ponto que gosto muito diz assim: “sem deixar a pedra rolar...”. Ou seja, reconhecer o erro, me perdoar, perdoar o próximo e seguir em frente, sempre procurando melhorar e progredir.
Como posso acusar ou pedir justiça sobre alguém por algo que eu também cometo?
Aprender a viver é tarefa intransferível e cabe a cada um realizar.
A força de Xangô provém das rochas, é a firmeza nos propósitos, nos valores e nos sentimentos, a sabedoria, a decisão, a vontade de vencer e a iniciativa. Também provém do fogo, que queima as emoções exacerbadas e desequilibradas, reequilibrando-as e as tornando mais harmônicas.
Portanto, quando se pede a justiça divina, por meio de Xangô, saiba que a justiça não tem lado, cada um paga e recebe dentro de sua necessidade e do seu merecimento.
Assim, sigo minha caminhada, pedindo Maleime meu pai Xangô!
Maleime, que significa perdão ou um pedido de socorro.
Ah, e para quem tem curiosidade em saber, a cor que representa o orixá Xangô é a marrom.
Kaô Kabecile Xangô! Salve o Rei Xangô!
Por: Um filho do Quintal.
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